terça-feira, 14 de junho de 2011

Satisfação no trabalho e compromentimento com as organizações

Pessoal, hoje decide que iria realizar uma postagem diferente. Peço desculpas a aqueles que não concordam com a idéia de realizar uma postagem contendo um texto ou artigo de outra autoria, porém decide postar, pois achei o texto bem interessante e de grande valia para nós. Este texto fala sobre a satisfação no trabalho e complementa a postagem que fiz anteriormente sobre comportamento produtivo e contraproducente do funcionário já que tais assuntos estão intimamente ligados.

Espero que gostem!

A satisfação no trabalho tem sido apontada, por vários estudiosos (Lock,1976; Pérez_ramos, 1980, Ferreira e Assmar. 2004) como exercendo influências sobre o trabalhador, que podem se manifestar sobre sua saúde psíquica, qualidade de vida, relacionamentos interpessoais, com conseqüências tanto para o indivíduo quanto para a organização. Para Locke (citado por Bergamini e Coda, 1990), a satisfação no trabalho é entendida como uma função da relação percebida entre o que um indivíduo quer de seu trabalho e o que ele percebe que está obtendo. A satisfação no trabalho é um estado de prazer emocional resultante da avaliação que um profissional faz sobre até que ponto o trabalho que desenvolve atende seus objetivos, necessidades e valores. Para o autor, satisfação e insatisfação no trabalho são situações opostas de um mesmo fenômeno, um manifestado na forma de contentamento (satisfação) e outro como sofrimento (insatisfação). O trabalho, nesta perspectiva teórica, é entendido como dinâmico, numa complexa interação entre papéis, tarefas, responsabilidades, sistemas de benéficos e recompensas, reconhecimento etc. A satisfação no trabalho é uma atitude ou resposta emocional às tarefas de trabalho assim como às condições físicas e sociais do local de trabalho e definida como o grau segundo o qual os indivíduos se sentem em relação a seu trabalho, podendo ser positivo ou negativo. Determinados requisitos das tarefas despertam nos indivíduos, por um processo perceptual, estados psicológicos positivos, que serão os responsáveis pelo surgimento da satisfação no trabalho. Deste modo, a variedade de habilidades exigidas no desempenho da tarefa, a identificação do trabalhador com ela e o grau de importância dessa tarefa, dentro e fora da organização, favorecem o sentimento de ser importante e significativo para o seu desempenho. A prevalência de autonomia do indivíduo em relação à tarefa desperta o sentimento de responsabilidade pelos resultados adquiridos e o feedback sobre o desempenho da tarefa conduz ao conhecimento dos resultados obtidos (Hackman e Oldham, apud Ferreira e Asmar 2004). Estudos apontaram que funcionários insatisfeitos relatam mais sintomas físicos, como problemas para dormir e dores estomacais, do que seus companheiros satisfeitos (Begley e Cazajka, 1993; O’Driscoll e Beehr, 1994). Descobriu-se também a correlação entre insatisfação e emoções negativas no trabalho, como ansiedade e depressão. É possível observar que, nos dias de hoje, as organizações contemporâneas têm sido desafiadas a uma constante modernização e adequação a um novo contexto produtivo, seja no plano tecnológico e/ou no de gestão de pessoas. Neste sentido, a avaliação da satisfação do quadro funcional é um dos termômetros que aponta a qualidade da gestão, que inevitavelmente desemboca na qualidade ou quantidade de produção. Em pesquisa realizada, praticamente 50% dos pesquisados não se sentem reconhecidos no trabalho e que 56% considera este quesito um elemento indispensável para a satisfação. O que evidencia que este conjunto de funcionários pode a vir a se sentir desmotivado e insatisfeito no trabalho, mesmo que o ganho salarial esteja de acordo ou acima de sua categoria profissional, já que a maioria considera o reconhecimento como um dos aspectos mais relevantes para o alcance da satisfação no trabalho. O reconhecimento segundo Dejours (2001), “não é uma reivindicação secundária dos que trabalham. Muito pelo contrario, mostra-se decisivo da dinâmica da mobilização subjetiva da inteligência e da personalidade do trabalho” (p.34). Quando ocorre o reconhecimento do trabalhador em relação a seu trabalho, com ele as angústias, dúvidas, decepções, desânimos também adquirem sentido, já que a maioria dos trabalhadores se esforça a fazer o melhor, despendendo muita energia, paixão e investimento pessoal no trabalho. O reconhecimento vem a reconduzir o trabalhador ao plano de construção de sua identidade, e o trabalho insere na dinâmica da realização. Uma vez realizado o trabalhador tende a conduzir com maior investimento, ainda, de energia e seu processo de produção.

E aí? Gostaram? Espero que sim. Acho este texto muito bom, muito bem elaborado e de fácil entendimento. Voltarei depois para falar de outros assuntos bem interessantes como a liderança.

E hoje vocês estão satisfeito com o seu trabalho? Esse pergunta respondam a vocês mesmos.


Fonte: SATISFAÇÃO NO TRABALHO: UM ESTUDO PRELIMINAR por César Augusto Aidar Cadamuro ; Dalila Eva Rossi Jahn; Helom da Silva de Miranda; Kátia Missue Matioli Inoque; Roberto Martins Prado; Vinícius Romagnoli Rodrigues Gomes; Geni Col Gomes

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